20071125

cristina

Faço uma interrupção na descrição do meu périplo holandês. Há pouco entrou cozinha adentro uma rapariga gira. Sorriu-me, apresentou-se, soy Cristina, enquanto me dava dois beijos. Perguntou-me se sabia do colador. Nesta casa não estranho demasiado o que quer que seja, portanto respondi que não, que não sabia, mas que às vezes vejo por aqui um agrafador. Pareceu-me pouco convencida e foi-se embora tão depressa quanto chegou. Dois minutos depois entrou aqui Jorge, o filho de Manuela. Contei-lhe o sucedido e perguntei-lhe pelo colador. Acto contínuo, ele agarra não um tubo de cola, como eu pensava, mas um passador - sim, aquilo que se usa, entre outras coisas, para separar a água da cozedura dos alimentos. Disse que a rapariga estava no apartamento do lado, o de Nieves, mãe de Manuela. Provavelmente viverá lá e ainda não nos tínhamos cruzado. Fui entregar o passador e recebi em troca um sorriso de Cristina.

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