20080108

regresso ao 19 da calle de toledo

Em traços largos, está tudo na mesma no 19 da calle de Toledo. Assim que entrei no prédio a porteira informou-me de que o elevador estava avariado. Pelos Reis, Leonardo, o pequeno, recebeu uma espada e Jorge, o pré-adolescente, uma bicicleta. Manuela acusa Nieves, sua mãe, de lhe estar a copiar o guarda-roupa. A grande novidade doméstica é o gamão. Jorge, o mexicano, ensinou-me a jogar. Diz que é muito popular entre judeus. José, o pai dos miúdos, também entra. Contou-me que em Ibiza jogava a dinheiro. Demasiado, acrescentou.

(Leonardo entrou no meu quarto enquanto escrevia este post - é o único que o faz. Perguntou-me se podia jogar no computador. Respondi que agora não era possível. Quis saber até quanto tinha de contar até que me despachasse. Como só sabe os números até quinze, disse-lhe que tinha de esperar um bocado maior. Encostou-se a mim e já ressona, embalado pelos My Bloody Valentine.)

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