Conheci-a numa festa de franceses: as pessoas, o estilo delas, a música que se ouvia e aquele modo particular de se ficar bêbedo. Ela, vinda de Sevilha, e eu, deste rectângulo entalado entre Espanha e o Atlântico, éramos as excepções àquela homogeneidade. Saímos juntos três ou quatro vezes, as suficientes para que ela partilhasse comigo os seus problemas: a anorexia, os infelizes anos do colégio, as infidelidades da mãe, o esgotamento do pai, a promiscuidade das irmãs, o ambiente fechado da aristocracia andaluza. Não se limitava à comiseração. Falava-me também dos passeios pelo Mediterrâneo no iate do pai e dos livros de Javier Marías.
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