Josefina, leitora habitual e exigente, desmontou a eventual recordação de uma rapariga de Istambul como sendo fruto de um "vulgar cliché". A minha reminiscência seria uma manifestação da imagem vaga de um Oriente idealizado. É provável que tenha razão: Istambul é o portal dessa vastidão onde espaço e tempo vão mudando de contornos. A rapariga de Istambul podia bem ser a rapariga de Beirute, Teerão, Goa, Singapura, Xangai. Uma ínfima fracção desse desconhecido que se estende do Bósforo ao Pacífico.
No entanto, prossegui as minhas pesquisas e surgiu uma nova figura: M. G. Braun, escritor francês de policiais e romances de espionagem. Segundo a wikipédia, escreveu 171 livros entre 1954 e 1984 - um lançamento a cada dois meses. Na amazon, tanto francesa como americana, as obras deste prolixo autor só estão disponíveis em segunda mão. Uma delas é Pas de bonheur pour Spyros, editado na colecção Espionnage das edições Fleur Noire em 1959. Este livro foi traduzido para inglês e editado sob o título That girl from Istanbul.
20071216
a rapariga de istambul (2)
por joão c. às 03:02
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2 comentários:
Ou ainda The Lady from Shanghai - fabuloso filme de Orson Welles
Ou a rapariga afegã fotografada pelo Steve McCurry...
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