Ao longo dos últimos dias uma batalha silenciosa opôs-me a Manuela. A reserva de papel higiénico foi-se aproximando inelutavemente do fim sem que nenhum de nós tivesse a iniciativa de renovar o stock. Ontem à noite não restava mais que o triste cilindro de cartão à em torno do qual o papel é enrolado. Jorge está em Sevilha, o que o subtrai desta questão. Já Manuela pode ser manhosa ao ponto de, nesta situação de crise, usar a casa-de-banho do apartamento de Nieves, sua mãe. Aliás, chego a imaginá-la encaminhando os seus filhos para a casa da avó. Não tendo assistido a nada disto, parece-me o cenário mais provável.
Ante esta desigualdade de circunstâncias tive que me render, atravessar a rua e comprar um pacote de doze rolos. À minha frente, na fila para pagar, estava um sujeito com uma feição a meio caminho entre a do o João Vieira Pinto e a do Iggy Pop. Comprou quarenta iogurtes.
20071130
economia doméstica no 19 da calle de toledo
por joão c. às 12:44
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1 comentário:
Está bem. Deduzo que em Espanha, ou são muito sensíveis ou não existem páginas amarelas.
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